quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

DellaMorte DellAmore

Será sempre a mesma mulher ( Anna Falchi ), ou Dellamorte ( Rupert Everett )estará ficando louco? Cada mudança de registo parece entrar em conflito com a anterior: primeiramente a acção centra-se na Morte, depois no Amor, e culmina numa sequência quase-metafísica com imagens surreais, caminhando para um fim muito filosófico, que corresponderá à queda de Dellamorte.

Michele Soavi respeita a estrutura rígida que construiu, e que se pode reconduzir a uma sequência de tese/antítese/síntese. Só que o significado final, resultante do confronto entre a tese e a síntese <Morte e Amor, como indica o próprio título> ficará à deriva dentro da cabeça do espectador mesmo depois de abandonar a sala.




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Demons

Trata-se, na verdade, de uma brincadeira com o cinema do horror, em que Bava usa de metalinguagem (filme dentro de filme) para criar uma Atmosfera claustrofobia. O roteiro excelente foi escrito pela gema do horror italiano: Bava, Dario Argento, Franco Ferrini e Dardano Sacchetti (autor da idéia). Simonetti era integrante do Grupo Goblin, especializado em trilhas sonoras para filmes de horror - fizeram, por exemplo, a música de "Dawn of the Dead", de George A. Romero. O filme é simplesmente o melhor da filmografia de Bava (repare na sua aparição relâmpago à la Hitchcock, na cena do metrô)



domingo, 8 de fevereiro de 2009

Le Charme discret de la bourgeoisie

É nisto que se resume o "charme" dessa burguesia, discutir trivialidades do horóscopo, trocar mesuras e gentilezas e discutir profundamente sobre "qual a melhor maneira de se servir um carneiro ou tomar um vinho Borgonha". Luis Buñuel chega ao cúmulo de fazer um personagem sonhar que outro estava sonhando. "Parte-se um sonho, cai-se noutro. Acredita-se estar no real, mas estamos no irreal", diz Buñuel. Quando há algum diálogo mais comprometedor, Buñuel opta ele mesmo pela auto-censura, coloca um barulho de carro ou avião, um ruído externo cortando a conversa. No Brasil, a censura cortou uma frase numa cena em que um militar oferece maconha durante o jantar , deixaram apenas a resposta: "então, é por isso que no Vietnã bombardeiam tantos lugares errados!". 1971 >>> Premiado com Oscar de Filme Estrangeiro, concorreu também como Roteiro.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bandido da luz vermelha

Baseado na real história do criminoso catarinense que assaltava suas vítimas em Santos. Conhecido como o "bandido da luz vermelha" (por utilizar sempre uma lanterna vermelha durante seus golpes), João Acácio Pereira da Costa foi perseguido pela polícia durante seis anos, após assassinar algumas de suas vítimas.
Fanático por Orson Welles e Godard, Rogério Sganzerla começa seu filme com uma homenagem ao diretore francê. Ao invés de créditos iniciais convencionais, o filme inicia com um painel luminoso na qual se movimentam por ele as informações.
O filme feito em um estilo documentário utiliza sempre de recursos da comunicação em massa (rádio, TV) sempre com um tom debochado, uma narração policial sensacionalista. / (Janete Jane) \




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Blow up

Foi o primeiro filme em língua inglesa de Michelangelo Antonioni, e trouxe ao mundo a primeira cena de nudez frontal feminina em um filme (da cantora-atriz Jane Birkin). O filme é carregado de simbolismos e chega quase a ser hermético. O enredo enfoca o envolvimento de um fotógrafo em um crime, que ele descobre ao ampliar fotos feitas em um parque e descobre o que parece ser um cadáver escondido nos arbustos. tem trilha sonora de Herbie Hancock. baseado num conto de Julio Cortázar que questiona o poder da veracidade da imagem < sensualidade fria, calculada.>

YardBirds



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Barbarella

A heroína criada em 1962 pelo ilustrador e escritor francês Jean Claude Forest , /Barbarella\ esplendidamente representada por Jane Fonda é uma mulher emancipadamente livre, imediatista, sensorial, intuitiva, amoral, e agente espacial que sempre está pronta para servir a missões impossíveis lutando contra robôs, monstros e crianças assassinas. - um James Bond futurista de saias. -

Barbarella é um filme que abusa do cenário de estúdio, fazendo, parece, que a questão de evidenciar esse aspecto, abusando das cores, tornando os planos do filme como se fossem uma história em quadrinhos.

O filme explora a ingenuidade sexual não como algo negativo, mas sim como algo que pode emancipar o homem e a mulher.Por isso que o sorriso e o humor estão tão presentes nesse filme como uma linguagem que quer pensar o radicalmente " novo".




domingo, 1 de fevereiro de 2009

Faster, Pussycat! KILL! KILL !

Russ Meyer /\ FASTER, PUSSYCAT! KILL! KILL! é, acima de tudo, uma saga trágica permeada por violência e morte. /\ Que tal uma gangue de mulheres barbarizando e espancando homens? A maioria dos personagens escondem algo sobre seu passado, geralmente traumas que explicam - em parte - suas condutas no presente. Tura Satana e suas meninas chegam a lembrar a turma do Malcolm Mc Dowell em LARANJA MECÂNICA!