domingo, 12 de fevereiro de 2012

The long goodbye (1973)

 Uma cena brutal de mutilação, um suicídio patético e um médico que habita pesadelos. 

A canção-tema “The Long Goodbye”, composta por um dos mais habilidosos cirurgiões de Standards, Jhonny Mercer, é praticamente chutada de lado a outro, aceitando outras texturas rítmicas, como a versão instrumental de cucaracha.

É um contemporâneo film noir adaptado da novela elegíaca de Raymond Chandler The Long Goodbye (1953).

Phillip Marlowe (Elliot Gould) dá carona para amigo suspeito e nisso se enrosca com o departamento policial e o submundo do crime. Toda a longa sequência que vai da abordagem até o pagamento de sua fiança é um verdadeiro show de horrores que apequena uma figura mítica não só do catálogo do cinema americano como da livre empresa cosmopolita e possivelmente charmosa: o detetive particular.






quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cannibal Holocaust (1980)

   “Found Footage” é um género cinematográfico que cruza o terror com o “mockumentary” (documentário falso), e onde o que nos é apresentado são umas alegadas filmagens feitas por pessoas que desapareceram ou foram encontradas mortas. O espectador é posto numa posição onde está a ver a “prova de um crime”. Estes filmes têm algumas convenções estéticas para os tornar mais credíveis: os actores falam directamente para a câmara a qual abana muito para recriar o realismo de uma filmagem caseira. Geralmente estes filmes são promovidos por campanhas de marketing baratas mas astutas: vendem a ideia que as filmagens são mesmo reais e que faz toda a diferença o espectador assistir ao filme.        Ruggero Deodato

Professor de antropologia em Nova York, viaja para uma longínqua floresta na América do Sul para descobrir o que aconteceu com um grupo de documentaristas que desapareceu no local dois meses atrás.

A primeira e mais curiosa situação polémica em que o filme se viu envolvido foi na sua Itália natal, onde foi acusado de ser um “snuff” (um filme que conta com assassinatos reais). “Cannibal Holocaust” estreou com uma campanha de marketing que o vendia como as filmagens encontradas de um grupo de documentaristas desaparecidos na Amazónia. No filme, víamos provas de que eles haviam sido violentamente torturados e mortos por um grupo de canibais. Víamos também sinistros rituais dessa tribo: uma indígena a ser violada e empalada, animais a serem violentamente mortos.






“I wonder who the real cannibals are”

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Brain Damage (1988)

Um nojento parasita que secreta uma droga altamente viciante em Brian, que deixa de responder pelos proprios atos. ///  Foi com "Brain Damage" que o realizador Frank Henenlotter atingiu o patamar mais elevado da sua carreira. O rapaz recebe um líquido azul que lhe é injectado no cérebro através da nuca e em troca recebe ainda uma grande "pedrada", mas também um enorme dependência nesta poderosa droga.





segunda-feira, 3 de outubro de 2011

La Guerre du feu (1981)

Lançado em 1981, numa produção Franco-Canadense, La Guerre du feu é um longa que trata de levantar hipóteses sobre a origem da linguagem através da busca de três homo sapiens para conseguirem uma nova fonte de fogo perdida por sua tribo; este, o fogo, elemento divino e tenebroso para eles.
O filme foi elogiado por criar ambiente e personagens convincentes, por meio da maquiagem (premiada com Oscar) e da linguagem primitiva (criada por Desmond Morris e Anthony Burgess).

No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.




Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.




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quarta-feira, 6 de julho de 2011

The Fog (1980)

   Este é o 2º filme em que o diretor John Carpenter e a atriz Jamie Lee Curtis trabalham juntos. O anterior fora Halloween. A definição de "autor" segundo Carpenter: "um artista que sabe mostrar em cada um dos seus trabalhos o seu próprio ponto de vista e os seus próprios interesses temáticos, independentemente dos detalhes da produção (actores, argumento, produtores, orçamento, etc)"

     Um roubo no passado causa transtorno e medo 100 anos depois..Uma Radialista ildealista e uma cidade acuada são os temas desse classico do cinema americano dos anos 80.

A fórmula básica a que se podem reduzir as intrigas do cinema de Carpenter é esta: ficar parado equivale a morrer, é preciso então agir. "I believe in staying alive", diz Ice Cube em "Fantasmas de Marte". É o grande tema de Carpenter, tal como o era na mitologia do "western" clássico. Seria possível reduzir a "intriga" de todos (ou quase todos) os filmes de Carpenter nestes termos.


"O importante é atravessar as aparências e saber ver o coração do filme" J. Carptenter

terça-feira, 28 de junho de 2011

O homem que dorme ( 1974 )

   O título de Bernard Queysanne e obra Gerges Perec de 1974 assombra, Un homme qui dort(baseado no romance de Perec é do mesmo nome), traduz, grosso modo, "um homem adormecido", e que é uma descrição precisa do caráter único neste conto maravilhosamente fraturada de alienação e isolamento.   
   Ausente de si mesmo, preso, porém, de inexplicáveis fantasmas que deformam a realidade, ele se vê na iminência de perder-se por completo. Um homem que dorme num quarto alugado com pacotes de nescafé vazios. Baseado no livro homônimo de Georges Perec.
   Não sai do quarto. Desiste. O mundo é-lhe indiferente, ele não está lá nem sabe que o mundo vem ter com ele. É misantropo ou pensa que é misantropo. Quer dormir, é ocioso, sonâmbulo. A vida moderna não está preparada para ele. Não quer mais nada senão esperar, ir vivendo, dormir.
   Música no filme é escassa, mas utilizada de forma eficaz, alternando entre um tom agudo ambiente que crescendos arbitrariamente, sem aviso, e um galope urgente clicar, pontuada por golpes duros com um piano.





O jogo acabou, a grande celebração, a embriaguez enganosa da vida suspensa. O mundo não se moveu e você não mudou. A indiferença não te fez (in)diferente. Você não está morto. Você não ficou louco.


[...]
O tempo, que cuida de tudo, deu a solução, apesar de ti.
O tempo, que sabe a resposta, continuou a fluir.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

After Hours

Pior noite do mundo vinda pelo motivo de conhecer uma menia?! Arquetipos e muita frase filmadas com a camera.  SCORSESE :: A noite nao podia comecar melhor depois de conhecer uma menina por causa de um livro que voce esta lendo pela segudna vez...  Comédia dehumor-negro; Possui elementos consistentes com os temas preferidos do diretor. //  Um pesadelo urbano capturado. // 


Parece " Alice no pais das Maravilhas. Reza a lenda que o antológico final do longa-metragem foi modificado várias vezes, porque Scorsese não sabia a melhor maneira de encerrar a louca aventura de Paul Hackett.  Comedia cheia de equivocos. Um Horror ilario.