segunda-feira, 3 de outubro de 2011

La Guerre du feu (1981)

Lançado em 1981, numa produção Franco-Canadense, La Guerre du feu é um longa que trata de levantar hipóteses sobre a origem da linguagem através da busca de três homo sapiens para conseguirem uma nova fonte de fogo perdida por sua tribo; este, o fogo, elemento divino e tenebroso para eles.
O filme foi elogiado por criar ambiente e personagens convincentes, por meio da maquiagem (premiada com Oscar) e da linguagem primitiva (criada por Desmond Morris e Anthony Burgess).

No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.




Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.




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quarta-feira, 6 de julho de 2011

The Fog (1980)

   Este é o 2º filme em que o diretor John Carpenter e a atriz Jamie Lee Curtis trabalham juntos. O anterior fora Halloween. A definição de "autor" segundo Carpenter: "um artista que sabe mostrar em cada um dos seus trabalhos o seu próprio ponto de vista e os seus próprios interesses temáticos, independentemente dos detalhes da produção (actores, argumento, produtores, orçamento, etc)"

     Um roubo no passado causa transtorno e medo 100 anos depois..Uma Radialista ildealista e uma cidade acuada são os temas desse classico do cinema americano dos anos 80.

A fórmula básica a que se podem reduzir as intrigas do cinema de Carpenter é esta: ficar parado equivale a morrer, é preciso então agir. "I believe in staying alive", diz Ice Cube em "Fantasmas de Marte". É o grande tema de Carpenter, tal como o era na mitologia do "western" clássico. Seria possível reduzir a "intriga" de todos (ou quase todos) os filmes de Carpenter nestes termos.


"O importante é atravessar as aparências e saber ver o coração do filme" J. Carptenter

terça-feira, 28 de junho de 2011

O homem que dorme ( 1974 )

   O título de Bernard Queysanne e obra Gerges Perec de 1974 assombra, Un homme qui dort(baseado no romance de Perec é do mesmo nome), traduz, grosso modo, "um homem adormecido", e que é uma descrição precisa do caráter único neste conto maravilhosamente fraturada de alienação e isolamento.   
   Ausente de si mesmo, preso, porém, de inexplicáveis fantasmas que deformam a realidade, ele se vê na iminência de perder-se por completo. Um homem que dorme num quarto alugado com pacotes de nescafé vazios. Baseado no livro homônimo de Georges Perec.
   Não sai do quarto. Desiste. O mundo é-lhe indiferente, ele não está lá nem sabe que o mundo vem ter com ele. É misantropo ou pensa que é misantropo. Quer dormir, é ocioso, sonâmbulo. A vida moderna não está preparada para ele. Não quer mais nada senão esperar, ir vivendo, dormir.
   Música no filme é escassa, mas utilizada de forma eficaz, alternando entre um tom agudo ambiente que crescendos arbitrariamente, sem aviso, e um galope urgente clicar, pontuada por golpes duros com um piano.





O jogo acabou, a grande celebração, a embriaguez enganosa da vida suspensa. O mundo não se moveu e você não mudou. A indiferença não te fez (in)diferente. Você não está morto. Você não ficou louco.


[...]
O tempo, que cuida de tudo, deu a solução, apesar de ti.
O tempo, que sabe a resposta, continuou a fluir.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

After Hours

Pior noite do mundo vinda pelo motivo de conhecer uma menia?! Arquetipos e muita frase filmadas com a camera.  SCORSESE :: A noite nao podia comecar melhor depois de conhecer uma menina por causa de um livro que voce esta lendo pela segudna vez...  Comédia dehumor-negro; Possui elementos consistentes com os temas preferidos do diretor. //  Um pesadelo urbano capturado. // 


Parece " Alice no pais das Maravilhas. Reza a lenda que o antológico final do longa-metragem foi modificado várias vezes, porque Scorsese não sabia a melhor maneira de encerrar a louca aventura de Paul Hackett.  Comedia cheia de equivocos. Um Horror ilario.



domingo, 27 de março de 2011

looKING for RICHARD ( 1996 )

Processo criativo. ( A intimidação do ator americano fardado a ouvir que não é europeu suficiente pra compreender as nuancias de shakespearia.) Al Pacino surpreende o espectador com o respeito e o
comprometimento que tem com a misancene.

Expetaculo de linguagem, muito antes do metodo cair na graça do povo.

A análise dos filmes demonstra que, tanto pela estruturação de suas narrativas quanto por suas posturas frente ao legado cultural shakespeariano e seu papel na cultura de massa contemporânea, tal filme configura-se como obra de arte pós-modernistas. Tendo por base abordagens culturais abrangentes do fenômeno pós-modernista.



"Meu reino por um Cavalo..."

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Warriors ( 1979 )

Assim, começa a corrida dos Warriors pela noite, tentando chegar de comboio até seu território, lutando contra todas as demais gangues hostis e a polícia. A história é sobre uma gangue de adolescentes de Nova York que é perseguida após ser acusada injustamente do assassinato de Cyrus, o lider da maior gangue da cidade.

Dirigido por Walter Hill, grande argumentista de filmes classicos como alien e Tiro de escape de Sam Pekinpa, e baseado em roteiro de Sol Yurick.




A trilha sonoro é rica em sintetizadores e muito marcante.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Amadeus (1984)

Uma trama complexa para conquistar a vitória derradeira sobre Mozart e sobre Deus. (...) Uma das qualidades de Mozart-criança, que mais chamava a atenção dos que o ouviam, era a sua capacidade de improvisação, de desenvolver qualquer tema que lhe apresentassem, transformando-o conforme o inspirava a sua inesgotável fantasia (...)
                                    Mas, à luz da Doutrina Espírita, entendemos perfeitamente que os fenômenos de inteligência precoce são provas evidentes da pré-existência da alma e da possibilidade de sua evolução através de vidas sucessivas ou reencarnações.

Mozart torna-se apenas um meio para que estudemos a fundo a personalidade de Salieri no filme, mas sem nunca deixarmos de perceber a importância de Mozart para o mundo da música.   Excelente trama sobre inveja e mentira.