Ausente de si mesmo, preso, porém, de inexplicáveis fantasmas que deformam a realidade, ele se vê na iminência de perder-se por completo. Um homem que dorme num quarto alugado com pacotes de nescafé vazios. Baseado no livro homônimo de Georges Perec.
Não sai do quarto. Desiste. O mundo é-lhe indiferente, ele não está lá nem sabe que o mundo vem ter com ele. É misantropo ou pensa que é misantropo. Quer dormir, é ocioso, sonâmbulo. A vida moderna não está preparada para ele. Não quer mais nada senão esperar, ir vivendo, dormir.
Música no filme é escassa, mas utilizada de forma eficaz, alternando entre um tom agudo ambiente que crescendos arbitrariamente, sem aviso, e um galope urgente clicar, pontuada por golpes duros com um piano.
Música no filme é escassa, mas utilizada de forma eficaz, alternando entre um tom agudo ambiente que crescendos arbitrariamente, sem aviso, e um galope urgente clicar, pontuada por golpes duros com um piano.
O jogo acabou, a grande celebração, a embriaguez enganosa da vida suspensa. O mundo não se moveu e você não mudou. A indiferença não te fez (in)diferente. Você não está morto. Você não ficou louco.
[...]
O tempo, que cuida de tudo, deu a solução, apesar de ti.
O tempo, que sabe a resposta, continuou a fluir.
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