terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Les 400 coups - Os incompreendidos

" Antoine Doinel mata aula e mente que a mãe morreu, ergue um altar em honra de Honoré de Balzac e quase mete fogo na casa, rouba e se arrepende, é preso e foge." Truffaut, o crítico, pregava com o "cinema do futuro": feito na primeira pessoa do singular, meio jornalismo e meio poesia, e tão pessoal quanto uma confissão. "         A fluidez e a intimidade com que o diretor acompanha a história do desafortunado Antoine obrigam a platéia a baixar a guarda e compartilhar com Truffaut uma verdade fundamental, mas dificílima de captar: a de que, para uma criança, não há tristeza ou alegria que seja pequena. Para Truffaut, o diretor, foi também uma revanche. Quando seu padrasto reclamou de Os Incompreendidos, Truffaut respondeu: "Eu sabia que o filme iria magoá-los, mas não me importo. Desde que Bazin morreu, não tenho mais pais. Mamãe me odiava tanto que, por algum tempo, achei que ela nem fosse minha mãe de verdade".







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